Sou recente na profissão. Apenas seis anos de exercício. E desde os tempos de faculdade, sempre procurei me inspirar em grandes jornalistas e profissionais da imprensa.
Conhecer a saga de Phelippe Daou e Milton de Magalhães Cordeiro para fundar a TV Amazonas, O Calderaro com a TV A Crítica sempre foi fascinante. Ver algns profissionais atuando na rua,
também colaborou com o meu aperfeiçoamento profissional. Jornalistas como Arnoldo Santos, Yano Sérgio e Cristóvão Nonato pra mim, dentro da televisão, eram o espelho a ser seguido.
E quis Deus que eu tivesse a oportunidade de trabalhar com os três. Oportunidade de ver que além de excelentes profissionais, são excelentes pessoas. Amigos mesmo!!!
Mas hoje, infelizmente, o jornalismo já não é mais assim. A maioria procura o sucesso fácil, a grana fácil, o reconhecimento fácil. Ninguém mais quer "fazer" o jornalismo mesmo.
Querem mesmo é a FAMA. Como se a função do jornalista fosse virar celebridade. Quando eu era pequeno, todos queriam ser médicos, advogados, engenheiros. Hoje, todos querem aparecer na TV. E o jornalismo se tornou o caminho mais fácil.
Como resultado, nós temos uma porção de pessoas trabalhando na área, mas sem nenhum comprometimento com a profissão, com a notícia, com o telespectador.
Nas externas, aquela boa camaradagem que existia entre os repórteres, aos poucos vai sumindo. Quando comecei, antes da coletiva o papo corria solto. Hoje, tem reporter que chega ao local, entra, faz a materia e não dá nem bom dia.
Muitas estrelas brilhando na terra, que pisam no chão apenas porque não sabem voar.
O duro é saber que essas "estrelas" ainda vão brilhar por muito tempo e influenciar negativamente a geração que ainda vai entrar no mercado.
A mim, resta curtir os bons momentos que ainda existem. A amizades que foram construidas e solidificadas ao decorrer do tempo e contribuir, da forma que posso pra manter os futuros profissionais com os pés no chão.
"Acorda Alice!!! Esse texto poderia ser pra qualquer um... esse texto pode ser pra vc!!!"
Ainda bem que é Alice...rsrs
ResponderExcluirMas falando sério, Leonardo, concordo com você e penso que estejamos vivendo a pior fase da safra de jornalistas recém-saídos das aulas de conhecimentos sobre ética, que fazem burrada atrás de burrada.
Nós, que trabalhamos com um público tão específico, que é o de crianças em situação de rua, observamos repórteres que parecem desconhecer a existência de uma legislação que ampara crianças e adolescentes, que não podem, nem devem ser expostas a situações vexatórias. O que ocorre, desumanamente, é justamente o contrário...para estes, o fim justifica o meio e que se danem princípios, compaixão, leis...
É um lamento, é revoltante, mas é a mais pura verdade: a tendência é que nossa profissão se torne mesmo uma ferramenta política e midiática, pura e simplesmente.
Triste ler e saber que isso existe... Logo eu uma mera estudante desta aerea ainda! E em minhas poucas palavras espero que bons profissionais aparecam pra fazer a diferença! E que esses excelentes que já estão no mercado continuem servindo de inspiração para os que começam agora...
ResponderExcluir